A partir de 10 de abril de 2025, o Brasil voltará a exigir visto de entrada para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. A decisão segue o princípio da reciprocidade diplomática, já que esses países também exigem visto para turistas brasileiros.
O processo de solicitação do visto será eletrônico (e-Visa), sem necessidade de comparecimento a consulados, entrevistas ou envio do passaporte físico. O documento será emitido digitalmente e enviado por e-mail após aprovação.
Custos e Procedimento
Os turistas interessados em visitar o Brasil deverão pagar uma taxa de US$ 80,90 pelo e-Visa. O valor é significativamente menor do que a tarifa cobrada dos brasileiros que solicitam o visto para os Estados Unidos, que atualmente custa US$ 185.
O visto eletrônico permitirá múltiplas entradas no país e terá validade de 10 anos para norte-americanos e 5 anos para canadenses e australianos. Ele concederá o direito de permanência por até 90 dias, sendo destinado a turismo, trânsito e negócios.
Retorno da exigência
A isenção de visto para turistas desses países havia sido implementada em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. No entanto, nos dois primeiros anos do governo Lula, o Itamaraty buscou negociações para garantir a reciprocidade, permitindo que brasileiros também pudessem entrar nesses países sem visto. Apenas o Japão aceitou a isenção, mantendo o benefício para cidadãos brasileiros. Como não houve avanços com os EUA, Canadá e Austrália, o Brasil decidiu retomar a exigência.
A partir de 10 de abril, o visto será obrigatório nos portos, aeroportos e fronteiras terrestres do país.
Como solicitar o e-Visa
Os cidadãos dos três países poderão solicitar o visto eletrônico por meio do site oficial do Itamaraty. O processo é digital, e o viajante receberá o documento por e-mail após a aprovação.
Com a reintrodução do visto, espera-se um impacto no fluxo de turistas estrangeiros, especialmente daqueles que planejavam visitar o Brasil sem a necessidade de documentação adicional. Ainda assim, a medida visa garantir um tratamento igualitário entre os países e manter um equilíbrio nas relações diplomáticas internacionais.