Utilizando o Telescópio Espacial James Webb, astrônomos localizaram a galáxia mais antiga já descoberta, que apresenta um crescimento completamente fora do padrão observado em outros sistemas mapeados. A galáxia, formada apenas 700 milhões de anos após o Big Bang, desafia o entendimento atual sobre a formação galáctica.
A galáxia recém-descoberta, de acordo com a pesquisa publicada na Nature Astronomy, tem características que a tornam similar à estrutura de uma cidade. Ela possui uma concentração de estrelas no núcleo e se espalha de forma menos densa nas bordas. Essa formação “de dentro para fora” é oposta ao que se observa em galáxias mais próximas e maduras.
Segundo o Dr. Sandro Tacchella, coautor do estudo, esse comportamento se assemelha ao movimento de um patinador artístico: “À medida que o patinador puxa os braços para dentro, ele gira mais rápido. As galáxias são um pouco semelhantes, acumulando gás de distâncias maiores e acelerando a formação estelar.”
Além disso, os cientistas observaram que essa galáxia é cem vezes menor que a Via Láctea, mas dobra sua massa estelar nas periferias a cada 10 milhões de anos, enquanto nossa galáxia leva cerca de 10 bilhões de anos para isso. Isso sugere que os padrões de crescimento galáctico podem ser mais variados do que se pensava.
O Telescópio James Webb foi essencial para essa descoberta, permitindo a observação de luz emitida por galáxias tão antigas e abrindo novas portas para entender o primeiro bilhão de anos da história cósmica. A pesquisa continuará focada em investigar outros sistemas antigos para verificar se eles compartilham características semelhantes a essa galáxia.
A descoberta desafia o conhecimento atual sobre como as galáxias crescem, levantando novas questões sobre o comportamento do Universo primitivo.
Destaques da Descoberta:
- Galáxia descoberta: Formada 700 milhões de anos após o Big Bang.
- Crescimento inverso: Formada de dentro para fora, com maior densidade de estrelas no núcleo.
- James Webb: Crucial para a observação de sistemas antigos, permitindo investigar a história cósmica inicial.
Essas revelações proporcionam novos insights sobre o comportamento do Universo primitivo e indicam que ainda há muito a ser descoberto sobre a formação das galáxias.
