A fibromialgia é um distúrbio caracterizado por dor musculoesquelética difusa acompanhada de fadiga, problemas de sono, memória e questões de humor. Acredita-se que a fibromialgia amplifica as sensações dolorosas, afetando a maneira como o cérebro e a medula espinhal processam sinais dolorosos e não dolorosos.
Diagnóstico
Anteriormente, os médicos realizavam um exame de pontos sensíveis em 18 áreas específicas do corpo para diagnosticar a fibromialgia. No entanto, as novas diretrizes do American College of Rheumatology dispensam esse exame. Agora, o fator principal para o diagnóstico é a presença de dor generalizada por pelo menos três meses. Para cumprir os critérios, a dor deve estar presente em pelo menos quatro das cinco áreas específicas:
– Região superior esquerda, incluindo ombro, braço ou mandíbula.
– Região superior direita, incluindo ombro, braço ou mandíbula.
– Região inferior esquerda, incluindo quadril, nádega ou perna.
– Região inferior direita, incluindo quadril, nádega ou perna.
– Região axial, que inclui pescoço, costas, peito ou abdômen.
Exames
O médico pode realizar exames para descartar outras condições com sintomas semelhantes. Os testes sanguíneos podem incluir:
– Hemograma completo.
– Taxa de sedimentação de eritrócitos.
– Teste de peptídeo cíclico citrulinado.
– Fator reumatoide.
– Testes de função tireoidiana.
– Anticorpo antinuclear.
– Sorologia celíaca.
– Vitamina D.
– Estudo do sono noturno, caso haja suspeita de apneia do sono.
Tratamento
Medicamentos:
Diversos medicamentos visam reduzir a dor e melhorar o sono na fibromialgia. Opções comuns incluem:
– Analgésicos de venda livre, como acetaminofeno, ibuprofeno ou naproxeno sódico.
– Antidepressivos, como duloxetina e milnaciprano, para aliviar a dor e a fadiga.
– Medicamentos anticonvulsivantes, como gabapentina ou pregabalina, que podem ajudar a reduzir os sintomas.
Terapias:
Diferentes terapias podem reduzir os efeitos da fibromialgia:
Fisioterapia: Um fisioterapeuta pode ensinar exercícios para melhorar força, flexibilidade e resistência, sendo exercícios aquáticos uma opção benéfica.
Terapia Ocupacional: Um terapeuta ocupacional pode ajudar a fazer ajustes na área de trabalho ou nas tarefas diárias para reduzir o estresse no corpo.
Aconselhamento: Conversar com um psicólogo pode fortalecer a confiança nas habilidades e ensinar estratégias para lidar com situações estressantes.
Autocuidado:
O autocuidado é essencial no manejo da fibromialgia:
Gestão do Estresse: Desenvolva um plano para evitar ou limitar a sobrecarga física e estresse emocional. Reserve tempo diário para relaxar, incluindo técnicas de respiração profunda ou meditação.
Qualidade do Sono: Dada a fadiga como componente principal, uma boa qualidade de sono é essencial. Mantenha hábitos regulares de sono.
Exercício Regular: Inicialmente, o exercício pode aumentar a dor, mas fazê-lo gradual e regularmente muitas vezes diminui os sintomas. Caminhadas, natação, ciclismo e aeróbica aquática são opções recomendadas.
Pacing (Determinar o Ritmo): Mantenha suas atividades em um nível constante. Evite exagerar nos dias bons para evitar piorar nos dias ruins.
Estilo de Vida Saudável: Consuma alimentos saudáveis, evite produtos de tabaco, limite a cafeína e reserve um tempo diário para atividades prazerosas.
Medicina Complementar:
Terapias complementares, como acupuntura, massoterapia, yoga e tai chi, têm sido usadas para gerenciar a dor e o estresse associados à fibromialgia. Embora algumas sejam amplamente aceitas, sua eficácia pode variar.
Conclusão
Embora não haja cura para a fibromialgia, uma variedade de abordagens de tratamento pode ajudar a controlar os sintomas. Consulte um profissional de saúde para desenvolver um plano personalizado que atenda às suas necessidades específicas. A abordagem multidisciplinar, combinando medicamentos, terapias e autocuidado, oferece uma perspectiva abrangente para melhorar a qualidade de vida de quem vive com fibromialgia.