Governo avalia volta do horário de verão em meio à seca e calor intenso; especialistas debatem eficácia

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O governo federal está considerando o retorno do horário de verão, extinto desde 2019, como uma medida para enfrentar os desafios impostos pela seca recorde e a aproximação dos meses mais quentes do ano. A proposta foi mencionada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que afirmou que a medida está sendo analisada como uma alternativa para evitar um possível racionamento de energia, provocado pela estiagem que atinge o Brasil.

Com o menor índice de chuvas registrado nos últimos 94 anos, os reservatórios das hidrelétricas — responsáveis por cerca de 50% da energia elétrica do país — estão em níveis preocupantes. Além disso, o aumento no uso de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores durante os meses de calor agrava a demanda por eletricidade.

O horário de verão, cuja principal proposta é adiantar os relógios em uma hora para aproveitar a luz solar por mais tempo, pode reduzir o consumo de energia no período noturno, especialmente nos horários de pico, quando a população chega em casa, liga eletrodomésticos e toma banho. Silveira destacou que o impacto maior seria entre 18h e 20h, quando ocorre uma queda na produção de energia solar e eólica, tornando necessário o uso de usinas térmicas.

Na próxima semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentarão estudos sobre o retorno do horário de verão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará a decisão final sobre a adoção da medida.

Divisão de opiniões

Embora o governo veja a possibilidade como uma solução para melhorar a segurança energética, a medida gera opiniões divergentes entre especialistas. Alguns afirmam que a economia de energia gerada pelo horário de verão é “irrisória”, enquanto outros defendem que a medida pode ajudar não apenas no consumo energético, mas também na economia, favorecendo setores como turismo, bares e restaurantes, ao prolongar as atividades diárias.

Silveira reconheceu que a questão divide a sociedade, mas citou pesquisas de opinião que apontam que a maioria da população é favorável ao retorno da medida. O ministro ressaltou que, além dos benefícios energéticos, o horário de verão pode impulsionar diversos setores econômicos.

Apesar das discussões, o ministro afirmou que ainda não há uma previsão concreta de quando o horário de verão poderia voltar a ser decretado. “O efeito do horário de verão não é só sobre a segurança energética. Temos que aumentar a resiliência do sistema para garantir energia para todos os brasileiros”, declarou.

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