Os projetos de irrigação mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Oeste Baiano alcançaram um valor bruto de produção (VBP) de R$ 633,1 milhões em 2024, movimentando a economia da região e gerando mais de 53 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
Entre os exemplos de sucesso está Antônio Márcio Rodrigues, mineiro de São Gotardo, que há 20 anos deixou Minas Gerais em busca de novas oportunidades e encontrou no Projeto Formoso, em Bom Jesus da Lapa, um caminho para prosperar. Em uma área de 50 hectares, ele cultiva banana, laranja, poncã e ainda realiza testes com pera e maçã.
Além de produtor, Antônio também é presidente do Conselho Administrativo no Distrito de Irrigação Formoso (DIF). Ele destaca a importância da irrigação para manter a produção em um território marcado pelo clima seco.
“Nós só conseguimos produzir por meio da irrigação. O nosso principal combustível para seguir em frente é a água. Esse casamento entre o Projeto Formoso e a Codevasf jamais pode acabar”, afirma.
Impacto Econômico da Irrigação
De acordo com a Codevasf, os projetos irrigados no Oeste Baiano abrangem áreas como Baixio de Irecê, Barreiras Norte, Ceraíma, Estreito, Formoso, Mirorós, Nupeba, Piloto Formoso, Riacho Grande e São Desidério/Barreiras Sul, totalizando cerca de 18,8 mil hectares cultivados, em sua maioria destinados à agricultura familiar.
Além da geração de empregos, esses projetos têm impulsionado a produção de alimentos e promovido o desenvolvimento econômico regional, contribuindo para a redução das desigualdades no semiárido brasileiro.
O superintendente regional da Codevasf em Bom Jesus da Lapa, Harley Xavier Nascimento, ressalta que o impacto desses projetos vai além dos números.
“Esses projetos são um divisor de águas: geram emprego, impactam na economia dos municípios e refletem na redução das desigualdades da população”, destaca.
A Trajetória de Antônio Márcio Rodrigues
Antônio, que já enfrentou desafios na busca por oportunidades no campo, hoje se destaca como um exemplo de empreendedorismo agrícola. A fruticultura irrigada não apenas garantiu sua sobrevivência em Bom Jesus da Lapa, mas também abriu portas para o crescimento econômico da região.
“O sucesso dos produtores locais está diretamente ligado à irrigação. Sem ela, não teríamos como nos manter. É a água que sustenta nossos cultivos e nossa esperança”, completa o produtor.