Molécula do veneno de aranha oferece esperança na luta contra o câncer

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Em um avanço significativo na luta contra o câncer, pesquisadores do Instituto Butantan e da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein fizeram uma descoberta promissora. Através de um estudo conjunto, identificaram uma molécula no veneno da aranha caranguejeira Vitalius wacketi, nativa do litoral de São Paulo, com potencial para combater células cancerígenas, especificamente as de leucemia.

Este avanço se deve à síntese de uma molécula derivada do veneno, um processo inovador e patenteado que dispensa a necessidade de extração direta, acelerando significativamente a produção. O pesquisador Pedro Ismael da Silva Junior, do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Butantan, destacou a eficácia da molécula sintética em manter a atividade antitumoral da toxina natural.

O composto, uma combinação de duas moléculas previamente conhecidas, induz a morte das células tumorais por apoptose, um mecanismo de autodestruição celular controlado, sem causar reações inflamatórias adversas, diferentemente dos efeitos colaterais comuns dos tratamentos de quimioterapia atuais.

O potencial desta descoberta é ampliado pelo fato de a substância ser capaz de eliminar células leucêmicas resistentes a outros quimioterápicos. Seus pesquisadores estão agora expandindo os testes para células de câncer de pulmão e de ossos e verificando a segurança do composto em células humanas saudáveis para garantir sua seletividade e eficácia.

Com o apoio das áreas de Inovação das instituições, o processo de produção da molécula foi patenteado, e agora busca-se parceria com a indústria farmacêutica para produção em larga escala e desenvolvimento de testes clínicos.

Este desenvolvimento representa uma promessa significativa na oncologia, oferecendo uma alternativa mais segura, eficaz e economicamente viável aos tratamentos atuais. A colaboração entre o Instituto Butantan e o Albert Einstein sublinha a importância da união de especialidades no avanço da ciência e da medicina, visando impactar positivamente o tratamento do câncer, uma das principais causas de morte no mundo.

À medida que a pesquisa avança, abre-se a possibilidade de um futuro onde o câncer possa ser combatido de forma mais eficiente e com menos efeitos colaterais, graças à inovação e colaboração entre instituições de pesquisa de ponta.

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