A proposta de criação do Polo Agrícola de Alho do Alto Paranaíba, que inclui São Gotardo entre os municípios integrantes, deu mais um passo rumo à consolidação. A Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta terça-feira (10), em 2º turno, o parecer favorável ao Projeto de Lei 1.069/23, de autoria da deputada Lud Falcão (Pode).
O texto agora está apto para análise final em Plenário.
Com relatoria do deputado Raul Belém (Cidadania), o projeto visa fortalecer a cadeia produtiva do alho no Alto Paranaíba, setor em que São Gotardo e Rio Paranaíba já se destacam como referências na produção estadual e nacional. O município de Rio Paranaíba será a sede do polo, mas São Gotardo figura entre os dez municípios que integrarão oficialmente a iniciativa.
A proposta passou por modificações técnicas após sugestões da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e incorpora diretrizes da Embrapa Hortaliças, buscando ampliar o impacto socioeconômico regional. Entre os avanços, está a inclusão da agroindustrialização do alho como ação estratégica para agregar valor à cadeia produtiva — um passo importante para fomentar empregos, inovação e competitividade no setor agrícola.
Além de São Gotardo e Rio Paranaíba, integram o polo os municípios de Guarda-Mor, Indianópolis, Nova Ponte, Perdizes, Sacramento, Santa Juliana, Tapira e Uberaba.
O texto também determina que as ações estaduais deverão seguir as diretrizes das Leis Estaduais nº 11.405/1994 e nº 12.649/1997, que estabelecem políticas para o desenvolvimento agrícola e incentivo às culturas do alho e da cebola.
Com forte tradição agrícola, São Gotardo se consolida como um dos pilares do polo, reforçando sua importância não apenas na produção de alho in natura, mas agora também como potencial protagonista na transformação agroindustrial do produto. A expectativa é de que o polo traga investimentos, pesquisas e novas oportunidades para os produtores locais.
A matéria aguarda agora votação em Plenário para se tornar lei e, assim, formalizar a criação do polo.