Minas Gerais iniciou a semana sob influência de uma nova massa de ar polar que deve manter as temperaturas em queda até sexta-feira (14). O fenômeno, segundo a Climatempo, é o segundo episódio de frio mais significativo do ano, embora menos intenso do que o registrado em maio. Cidades do Sul de Minas podem ter temperaturas até 5 °C abaixo da média histórica para o mês de junho.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de declínio de temperatura para cinco municípios do Triângulo Mineiro e Noroeste – União de Minas, Santa Vitória, Limeira do Oeste, Iturama e Carneirinho. O aviso é válido até terça-feira (10) e reforça a previsão de madrugadas mais geladas e manhãs frias em diversas regiões, incluindo o Alto Paranaíba, Centro-Oeste, Central e Zona da Mata.
Em Belo Horizonte, a Defesa Civil também alertou a população para manhãs frias ao longo da semana. Apesar das temperaturas baixas, a tendência é de instabilidade climática com possibilidade de pancadas de chuva nos próximos dias. Isso ocorre devido à combinação entre a massa de ar polar e um sistema de baixa pressão sobre o Paraguai, aliado ao fluxo de umidade vindo do Norte do país.
De acordo com o Inmet, 334 cidades mineiras estão sob alerta amarelo para chuvas intensas, com possibilidade de até 50 mm por dia e ventos de até 60 km/h. A recomendação é evitar áreas de risco como debaixo de árvores e próximas a torres de energia e placas de publicidade.
Frio agora, calor depois
Embora junho seja tradicionalmente um mês frio, a previsão para 2025 aponta para uma oscilação de temperaturas. O Climatempo estima dois episódios de frio intenso: o atual, na primeira semana do mês, e outro previsto para o fim de junho. Ainda assim, boa parte do estado pode registrar temperaturas acima da média ao longo do mês, especialmente nas regiões Norte, Noroeste, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, com desvios de até 5 °C em relação à média histórica.
Esse contraste se deve à baixa cobertura de nuvens durante o dia e à noite, o que provoca uma grande amplitude térmica — ou seja, a diferença entre as temperaturas mínimas e máximas ao longo do mesmo dia pode ser significativa.
Com as mudanças climáticas mais evidentes, meteorologistas alertam para a importância de acompanhar as atualizações dos institutos oficiais e reforçam cuidados com doenças respiratórias e impactos em áreas agrícolas, sobretudo diante da possibilidade de geadas nos próximos dias.