Ex-padre preso por abusos sexuais: Polícia detalha crimes e apela por novas denúncias

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (23), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou novos detalhes sobre a prisão de um líder religioso de 77 anos, suspeito de abusar sexualmente de cerca de 50 crianças. O homem foi preso em sua residência, em Juatuba, após uma longa investigação que revelou um histórico de crimes cometidos ao longo de décadas.

Modus operandi e locais dos crimes

Segundo as investigações, o suspeito, identificado como Bernardino Batista dos Santos, aproveitava-se de sua posição de confiança para cometer os abusos, que ocorriam em diferentes locais. Entre eles estão um sítio na zona rural de Tiros, uma escola infantil onde ele era diretor e a Paróquia Nossa Senhora Medianeira e Santa Luzia, na Região Leste de Belo Horizonte.

O delegado Bruno Henrique de Deus detalhou o modus operandi do suspeito: “Ele criava situações de confiança, como excursões e atividades com crianças, para isolar as vítimas e cometer os abusos. A maioria das vítimas tinha entre 3 e 11 anos.”

Impacto e repercussão

A prisão do líder religioso causou grande comoção na comunidade e reabriu o debate sobre a importância de denunciar casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A Arquidiocese de Belo Horizonte já havia afastado o suspeito do ofício sacerdotal após receber as denúncias, mas o caso expõe falhas na proteção de crianças dentro de instituições religiosas.

Apelo por novas denúncias

A Polícia Civil reforça o apelo para que outras vítimas se manifestem. “Acreditamos que ainda existam outras vítimas que não tiveram coragem de denunciar. É fundamental que essas pessoas procurem a polícia para que possamos dar voz a elas e garantir a justiça”, afirmou a delegada regional de Juatuba, Ana Paula Kich Gontijo.

Investigações em andamento

As investigações continuam em andamento e a polícia busca identificar outras possíveis vítimas e coletar mais provas para fortalecer o processo judicial. A PCMG também está analisando casos mais antigos, ocorridos entre 1999 e 2001, mas a mudança na legislação impede que as vítimas desses episódios sejam indenizadas.

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