Morre Francisco Cuoco aos 91 anos, um dos maiores galãs da história da TV brasileira

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Morre Francisco Cuoco aos 91 anos, um dos maiores galãs da história da TV brasileira
Foto: (Tv Globo/João Miguel Júnior)

O ator Francisco Cuoco, ícone da teledramaturgia brasileira, morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein e, segundo informações da família, sofria complicações de saúde relacionadas à idade. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas ele tratava um ferimento que evoluiu para uma infecção.

Cuoco deixa três filhos, além de uma extensa e marcante trajetória na televisão, no teatro e no cinema brasileiro.

De feirante a astro das novelas

Filho de um feirante italiano e de uma dona de casa, Cuoco nasceu em São Paulo e teve uma infância humilde. Trabalhou com o pai na feira enquanto conciliava os estudos e sonhava, inicialmente, em ser advogado. Porém, ainda jovem, encantou-se com o universo das artes, inspirado pelas apresentações de circos itinerantes que passavam pelo bairro do Brás, onde vivia.

O ator trocou o Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Sua formação abriu portas no Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, duas das companhias mais importantes do país. Nos palcos, destacou-se em peças como O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, e foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como melhor ator coadjuvante em 1964.

Sucesso na TV

Francisco Cuoco estreou na televisão pela extinta TV Tupi e, logo depois, firmou-se como um dos principais galãs da TV Globo a partir dos anos 1970. Interpretou personagens que marcaram gerações em novelas como Selva de Pedra (1972), O Astro (1977), Pecado Capital (1975), O Sétimo Sentido (1982) e O Salvador da Pátria (1989).

Na década de 1970, viveu Carlão, o taxista honesto de Pecado Capital, um dos papéis mais lembrados da teledramaturgia brasileira. Também foi Roque Santeiro na versão censurada da novela em 1975, antes de Lima Duarte assumir o personagem dez anos depois.

Sua carreira foi repleta de parcerias marcantes, como com Regina Duarte, com quem protagonizou diversos trabalhos que conquistaram o público.

Últimos anos e despedida das telas

Ao longo das décadas de 2000 e 2010, Cuoco seguiu atuando, mas em papéis menores e participações especiais. Esteve em novelas como Cobras & Lagartos (2006), Passione (2010), Sol Nascente (2016) e fez suas últimas aparições na TV em Salve-se Quem Puder (2020) e No Corre (2023).

Durante a pandemia, enfrentou um quadro de depressão e se recolheu da vida pública. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, em 2021, revelou que contou com o apoio dos filhos para superar o período de isolamento e a saúde fragilizada.

Legado

Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Francisco Cuoco ajudou a construir a história da televisão brasileira, sendo um dos principais rostos da era de ouro das novelas. Seu legado permanece eternizado não só nos personagens que interpretou, mas também na memória afetiva de milhões de brasileiros que acompanharam sua trajetória.

O ator será lembrado como símbolo de talento, elegância e dedicação às artes.

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