A Operação Quebra-Cabeças, deflagrada nos dias 13 e 14 de maio em Belo Horizonte, revelou mais uma vez os bastidores do comércio ilegal de peças automotivas na capital mineira. A ação integrada entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET-MG) e a Polícia Militar (PMMG) teve como principal objetivo reprimir a venda de peças oriundas de veículos furtados ou roubados, protegendo tanto o consumidor quanto os empresários que atuam legalmente no setor.
Durante a operação, 11 empresas foram fiscalizadas nos bairros Jardim Montanhês e Tirol, na região Noroeste da cidade — áreas conhecidas pela alta concentração de estabelecimentos voltados à desmontagem e revenda de peças. Como resultado, três empresas foram interditadas por estarem operando fora da legalidade, em locais não autorizados.
Além disso, a força-tarefa identificou nove peças com origem ilícita, todas vinculadas a veículos com registro de furto ou roubo. As peças foram apreendidas e serão submetidas à perícia. Três pessoas foram conduzidas por suspeita de receptação qualificada, crime previsto no artigo 180 do Código Penal Brasileiro, cuja pena pode variar de um a quatro anos de reclusão.
Segundo o delegado-geral Daniel Barcelos, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), a operação representa um avanço no combate à cadeia criminosa que envolve o furto de veículos e a revenda clandestina de suas partes.
“Peças identificadas como provenientes de crimes foram recolhidas e os responsáveis, conduzidos, com uma prisão em flagrante e dois inquéritos instaurados para apuração do crime de receptação qualificada”, detalhou o delegado.
Tecnologia e rastreamento
Uma das marcas da operação foi o uso de tecnologias de rastreamento e verificação de procedência, o que garantiu maior efetividade na identificação de peças oriundas de crimes. A fiscalização abrangeu tanto estabelecimentos credenciados quanto comércios informais, o que reforça o caráter abrangente e preventivo da ação.
Repressão ao crime e fortalecimento da legalidade
A Operação Quebra-Cabeças também reforça o compromisso das forças de segurança com a valorização da atividade empresarial lícita. Ao mesmo tempo em que combate o crime, a operação protege os empresários que atuam dentro da legalidade e os consumidores que buscam peças com procedência garantida.
A PCMG reforça a importância da colaboração da população, especialmente por meio de denúncias anônimas, envio de fotos e vídeos, que possam auxiliar nas investigações e no desmantelamento de redes criminosas.
Denúncias
Qualquer cidadão pode contribuir com informações por meio do Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo.