A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (22), a Operação Descrédito, voltada ao combate de fraudes bancárias milionárias em diversas regiões do estado. Mais de 100 policiais civis foram mobilizados para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Belo Horizonte, na Região Metropolitana e em municípios do interior.
Durante coletiva de imprensa realizada às 14h no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte, autoridades da PCMG detalharam a ação e os avanços da investigação, que aponta um esquema sofisticado de estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e envolvimento de gerentes bancários.
De acordo com o delegado Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento da Polícia Civil, a organização criminosa operava por meio de fraudes estruturadas que permitiam a obtenção ilícita de empréstimos em nome de terceiros, além da movimentação bancária fraudulenta em contas de pessoas físicas e jurídicas.
“É uma atuação criminosa com alto grau de articulação e infiltração. Alguns funcionários de instituições financeiras colaboravam com a quadrilha, facilitando acesso a dados e sistemas bancários”, afirmou Pimenta.
O delegado Tiago Bordini, responsável pela Delegacia Regional de São Sebastião do Paraíso, onde o inquérito teve início em setembro de 2024, explicou que o caso veio à tona após uma vítima denunciar a contratação de um empréstimo em seu nome.
Desde então, a investigação cresceu e revelou a existência de uma rede criminosa com atuação em diversas cidades mineiras. Ao todo, já foram identificadas mais de 100 vítimas, com prejuízos que ultrapassam R$ 20 milhões.
Segundo o delegado Rafael Gomes, que também participou da coletiva, a operação ainda está em andamento e novas fases não estão descartadas.
“A operação Descrédito representa um duro golpe contra organizações que agem nas sombras do sistema financeiro, prejudicando cidadãos e empresas”, destacou Gomes.
Entenda a Operação Descrédito:
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Início das investigações: Setembro de 2024
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Cidade de origem do inquérito: São Sebastião do Paraíso (MG)
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Crimes apurados: Estelionato, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, associação criminosa e lavagem de dinheiro
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Mandados: Prisões preventivas e buscas e apreensões
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Número de vítimas identificadas: Mais de 100
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Prejuízo estimado: Superior a R$ 20 milhões
A Polícia Civil reforça que as investigações continuam e que novas informações serão divulgadas assim que as diligências forem concluídas.